Importância do Zinco no milho.
Micronutriente limitante para o milho.
Você consegue compreender a importância deste micronutriente no milho?
O zinco (Zn) é um dos micronutrientes mais exigentes. Sendo responsável por participa de inúmeros processos metabólicos (carboidratos, hormônios, síntese de proteínas, entre outros), sendo que o milho susceptível à deficiência deste elemento.
Em que se dá o desenvolvimento deste elemento no milho?
Geralmente ocorre em solos arenosos, mas não só, também pode ser induzido pela aplicação excessiva de calcário, em decorrência do aumento do pH do solo diminuindo a disponibilidade de zinco e devido a altas doses de adubo fosfatado, isto devido a ação que o fósforo tem de diminuir a absorção do Zn independente da sua concentração.
Como detectar?
É possível realizar a diagnose visual, verificando todas as folhas novas e através de uma análise foliar, com a finalidade avaliar o teor que o elemento está acima ou abaixo do preconizado para a cultura.
Quais os sintomas?
- Atinge mais as culturas plurianuais, mas também apresenta impacto importante no milho;
- Folhas jovens apresentam zonas cloróticas que terminam necrosadas;
- Folhas ficam menores, mas não causa o desfolhamento;
- Em geral plantas com deficiência de Zn apresentam folhas com elevados conteúdos de Fe, Mn, P e NO3-.
Quais as fontes mais comuns de zinco?
- Sulfato de zinco (solúvel em água);
- Óxido de zinco (insolúvel em água);
- Óxidos silicatos (insolúvel em água).
Qual o benefício deste elemento para o milho?
Proporciona aumento de até 60 sacas/há de grão de milho.
Efeitos La Niña no milho verão 2022/23.
Possíveis impactos do La Niña na produção de milho verão no sul do Brasil.
La Niña é um efeito climático que ocasiona alterações na temperatura média dos oceanos, e tem influência direta na distribuição de chuvas, secas e calor. Este efeito tem sido visto nos últimos dois anos e tem previsão para acontecer pela 3° vez consecutiva este ano, no qual a região Sul do Brasil é afetada com estiagens e o Cerrado é beneficiado com maior volume nas chuvas.
No ciclo atual, espera-se variações de temperatura entre 0,8°C e -1°C, bem ameno em relação aos últimos anos, que registraram estiagens responsáveis por diminuir a produtividade da safra de milho. Na região Sul, naturalmente mais afetada pelo La Niña, previsões da ocorrência do fenômeno este ano trazem certas preocupações, visto que o estado é responsável pela produção de 40% do milho verão no país.
De acordo com dados da NOAA, anos de La Niña tem efeitos densos na produtividade de milho no Rio Grande do Sul, no qual a linha de tendência de desvio de produtividade em anos de La Niña chega a 20%. Porém, as expectativas de desvio de temperatura para 2022/23 não passam de 1°C, o que pode limitar as consequências negativas aos produtores.
A importância de uma safra cheia de milho verão (1° safra) é ressaltada pelas expectativas de baixos estoques no início de 2023, que é decorrência de um alto volume de exportações no 2° semestre/2022.
Trabalhos de colheita de milho nos Estados Unidos avançaram fortemente na última semana.
No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 17/outubro/2022, foi relatado que 97% das lavouras terminaram o processo de maturação, no qual Illinois, o segundo maior estado produtor de milho dos Estados Unidos, está 5 p.p. (93% concluído) atrasado em relação a média dos últimos cinco anos.
Com clima favorável na região do cinturão do milho na semana passada, o ritmo de colheita subiu bem acima da média no último relatório e se encontra em 61% das lavouras colhidas, 9 p.p acima da média dos últimos cinco anos e 3 p.p abaixo do ano de 2021. No entanto, devido às precipitações sobre os campos de milho esta semana, deve-se esperar números mais lentos no próximo relatório.
Com o avanço da colheita de milho norte-americano, o processo de escoamento para os mercados internos e externos passam a ganhar relevância. O tema de preocupação, nesse sentido, é o baixo nível do Rio Mississipi, principal válvula de escoamento da produção do Corn Belt em direção às aos portos no Golfo do México e às indústrias no Sul do país. O Centro de Previsão do Rio Mississipi afirmou que o Rio nas últimas semanas quebrou o recorde de seca de 1988 e outros importantes rios de transporte de grãos estão apresentando níveis de água abaixo do normal.
Com a colheita acelerada em 2022/23, o panorama logístico não deve permitir avanços mais rápidos ou maiores para as exportações do cereal nos EUA no curto prazo. O cenário ainda não incita maiores temores para abastecimento global do cereal, tendo em vista que a temporada de exportação norte-americana de milho se aquece, sazonalmente, no início de cada ano. Contudo, a depender da continuidade da seca na região, pode haver dificuldades maiores para escoamento naquele país, representando uma oportunidade para milho brasileiro até início de 2023.
Trabalhos de colheita de milho nos Estados Unidos avançam fortemente na última semana.
No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 17/outubro/2022, foi relatado que 94% das lavouras terminaram o processo de maturação, indicando quase totalidade das plantações prontas para a colheita.
Os trabalhos de colheita a campo obtiveram grandes resultados semana passada, avançando 14 pontos percentuais da área colhida, atingindo a marca de 45% do total, 5 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 5 p.p. abaixo de 2021.
As lavouras em condições boas/excelentes caíram 1 p.p. semana passada, ficando 9 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos. Porém, após o relatório de oferta e demanda de 12/outubro/2022 do USDA, as condições de lavouras não devem influenciar na produção final.
Com a revisão do último relatório de oferta e demanda (WASDE), os números relativos à produção de milho americana estão praticamente consolidados, visto a alta acurácia dos valores publicados nos relatórios de outubro. Com a queda de produtividade para 10,78 t/ha, a produção foi reduzida em 1,2 milhão de toneladas em relação ao relatório de setembro/22 e em 30 milhões de toneladas que ano passado.
Tudo que você precisa saber antes de aplicar fertilizante foliar.
- Entenda os princípios da adubação foliar no milho:
Sabe-se que a adubação via foliar tem com objetivo de suprir as deficiências nutricionais de maneira mais rápida, podendo ser analisado através de análise foliar ou diagnose visual.
- Em quais condições se aplica adubação foliar?
São indicados início da manhã e final da tarde, momentos em que se têm condições amenas.
- Como utilizar?
É importante se atentar na fase fenológica em que será realizado a aplicação. Além disto, é importante é seguir as recomendações do fabricante o produto e do profissional. Sendo que cada produto apresenta dosagem, diluição e modo de aplicação específico.
- Qual o adubo mais indicado para o milho?
Recomenda-se a aplicação a base de nitrogênio (N), fosforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (SO4, cobre (Cu), boro (B), manganês (Mn) e zinco (Zn). São aplicados uma vez que os sinais são visíveis. A imagem abaixo ilustra os sinais de deficiência no milho.
- Quais os fatores que podem interferir na absorção e translocação de nutrientes?
Idade da planta e de seus tecidos; espécie alvo e suas especificações fisiológicas; exposição da superfície à luz, temperatura e umidade do ambiente.
Acompanhamento de safra semanal EUA.
Andamento da colheita de milho nos EUA diminui incerteza sobre a safra americana e sobre os números do próximo relatório de Oferta e Demanda nos EUA.
De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 11/outubro/2022, 87% das lavouras já estavam com processo de maturação concluído, ficando 2 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 6 p.p. abaixo do número de 2021.
Os trabalhos de campo caminharam bem semana passada (31% da área já colhida), com os números de colheita subindo 11 pontos percentuais, ficando 1 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 8 p.p. abaixo do número visto em 2021 na mesma semana.
As condições de lavouras boas/excelentes subiram 2 p.p. após período de queda ininterrupta desde o início das observações, estabelecendo ainda 8 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos. Mesmo com a melhora do dado no fim do ciclo, não deve-se observar ajustar positivos relevantes para a produtividade do cereal nos EUA, visto que, nessa fase, os rendimento de campo já estão consolidados.
Devido à recente revisão da produção de milho na safra 2021/22 pelo relatório de estoques do USDA, analistas ouvidos pela Dow Jones falaram suas expectativas para a produtividade de milho do WASDE (Relatório de oferta e demanda) no dia 12/outubro/22. A expectativa média para o relatório foi de 10,78 t/ha – apenas 0,04 t/ha abaixo do número visto no último relatório.
Potencial econômico do milho: indicador VBP.
Indicador de VBP comprova o forte crescimento do milho brasileiro nas últimas duas décadas.
O Departamento de Análise Econômica e Políticas Públicas (DAEP-MAPA) publica relatórios ao longo dos anos, com objetivo de examinar o desempenho geral do produto financeiro das lavouras e do setor pecuário no Brasil. Para isso, coleta-se dados de preços pagos ao produtor e faz uma relação com a produção (área colhida e produtividade), para chegar à um valor chamado de VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária). É um indicador de relevância de cada cultura para a agropecuária nacional.
Nas últimas duas décadas, a VBP do milho saltou de R$ 7 bi para R$ 152 bi, aumento de 15,4% a.a. entre 2000 e 2022, com destaque para o crescimento quase ininterrupto a partir de 2011 em função sobretudo do forte avanço do plantio do milho 2ª safra no país, dos ganhos de produtividade e variação do preço. Em termos reais (preços constantes de 2022), o crescimento do VBP de milho se mantém expressivo, com incremento de 6,2% a.a. nos últimos 22 anos. De acordo com dados da Céleres®, a área plantada de milho no Brasil cresceu 2,8% a.a. no período, aumento de 10 milhões de hectares, enquanto a produtividade apresentou um avanço de 2,4% a.a..
Destaca-se ainda a aceleração do VBP a partir de 2019 em decorrência do aumento considerável de preços pagos a produtor no período, reflexo de estoques historicamente baixos do milho no mercado nacional, desvalorização do Real e de desdobramento da pandemia sobre os preços internacionais do milho.
Em termos relativos, o cereal deverá representar 13% do VBP total da agropecuária em 2022, ocupando a segunda colocação, atrás apenas da soja. Soja e milho juntos somam 41% do VBP nacional, 18 p.p. maior em relação à 2000.
Fonte: MAPA.
Elaboração: Céleres®.
Atualizado em outubro/2022.
Valores nominais.
Acompanhamento de safra semanal EUA.
Estoques de passagem de 21/22 são menores que o esperado, reforçando cenário apertado de abastecimento nos EUA em 2023.
De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 03/outubro/2022, 75% das lavouras já estavam com processo de maturação concluído, se igualando à média dos últimos cinco anos e ficando 11 p.p. abaixo do valor visto ano passado.
O processo de colheita tem recuperação na semana passada, atingindo 20 p.p. do total, apenas 2 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos e 7 p.p. abaixo do número visto em 2021.
Em Illinois, o estado americano vice-líder de produção de milho, mostrou ritmo bem lento de colheita, atingindo semana passada 13 p.p. de área colhida, 16 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos e 23 p.p. abaixo do número visto no ano passado.
As condições de lavouras boas/excelentes se mantiveram estáveis, 10 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos, e parecem não ser mais fator de importância para determinação da produtividade do milho americano, que terá revisão novamente no dia 12 de outubro/22 pelo USDA.
Outro fator relevante para cenário de suprimento de milho norte-americano é a revisão dos estoques de milho em 01 de setembro/22 (fim do ano comercial nos EUA). O USDA estimou estoques de passagem em 35 MM t, 8% menor que a expectativa do mercado para o relatório, reforçando a tese de preços firmes nos EUA diante dos baixos estoques vindos da safra anterior.
Stay Green no milho!
Entenda o que é e quais são os benefícios do Stay Green.
O que é?
Stay Green significa em português “permanecer verde” e em termos de pesquisa também pode ser chamado de senescência retardada. Essa característica é induzida por um gene e se refere à manutenção da coloração verde das plantas mesmo quando a espiga já se encontra em estádio adiantado de maturação, isto é, à continuidade de produção de fotoassimilados, mesmo quando o enchimento de grãos já foi findado.
Por que optar por híbridos com a tecnologia?
Essa característica está intimamente associada ao colmo, o que para uma cultura com tendência a acamar é algo estrategicamente vantajoso. Outro ponto interessante que também será abordado tem relação com a silagem, já que esse gene permite que a planta continue a produzir fotoassimilados mesmo quando este já não tem a sua principal função, que é o enchimento de grãos. Indiretamente, a contínua produção de fotossíntese também consolida vantagens secundárias, como a tolerância às pragas e doenças.
Quais são as vantagens?
Uma das principais vantagens de um colmo rígido mesmo depois da maturação está relacionado com a colheita. Como bem se sabe, a situação em que se encontra o colmo faz toda diferença na acessibilidade da lavoura, isto é, tudo fica mais difícil ao encontrarmos plantas acamadas. Essa condição gera grandes complicações em termos operacionais, o que faz com que aumentem não só os gastos, como as perdas em termos de produtividade. Como um dos principais benefícios, a tecnologia Stay Green permite que a cultura permaneça com o colmo rígido mesmo após o enchimento de grãos, podendo dessa forma prolongar a colheita.
Além disso, sabe-se que nem sempre o produtor consegue cumprir o calendário, principalmente porque a realidade no dia a dia do campo nem sempre é igual à planejada no lápis. Frente à essa realidade, a prolongação da colheita faz ainda mais sentido, no entanto aumenta a exposição da cultura a doenças e pragas, muitas vezes, dependendo da época de colheita, propiciando o ambiente para esses patógenos. principalmente porque durante toda a fase reprodutiva a cultura diminuiu ou erradicou sua produção de fitoalexinas, ou, num português mais claro, anticorpos. Dessa forma, mais uma vez a genética é vantajosa, proporcionando energia.
Um ponto relevante na hora de escolher um híbrido é a finalidade dele, dessa forma, caso a silagem esteja entre uma delas, o gene que confere o Stay Green do seu milho pode ser um ponto importantíssimo na lista de prioridades. Isso porque ao permanecer verde, a produção de fotossíntese continua a acontecer, fornecendo continuamente energia para os grãos, o que significa um maior teor de amido. Com isso, pode ser obtida uma silagem com melhor qualidade, grãos mais cheios, o que significará futuramente mais leite e carne na produção de bovinos.
Trabalho nos campos de milho nos Estados Unidos estão bem lentos de acordo com o USDA.
No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 26/setembro/2022, sobre o progresso da safra de milho dos Estados Unidos, a formação de grãos atingiu 92% do total, apenas 2 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.
O processo de maturação sobe 18 p.p. semana passada, apenas 3 p.p. abaixo da média dos últimos cincos anos e 14 p.p. abaixo do número de 2021. O processo de colheita semana passada andou em passos muito curtos, no qual, atingiu 12 pontos percentuais esta semana, 2 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos e 5 p.p. abaixo do ano passado.
Os preços internacionais de milho iniciaram a terça feira com pequeno aumento impulsionado por trabalhos nos campos de milho mais lentos na semana passada, combinado com dados do Serviço de Monitoramento de safras da União Europeia (MARS) que estimaram uma queda de 6% na produção de milho russo.
As condições das lavouras boas/excelentes mantiveram o patamar do penúltimo relatório, 7 p.p. abaixo do ano passado e 10 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos, apesar de ter sido relatado queda de 1 p.p. nas condições excelentes.