Baixa nas exportações comprometidas de milho americano reforça maior importância do Brasil nas exportações mundiais do cereal.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os números de exportações comprometidas de milho norte americano estavam no fim do ano de 2022 com cerca de 14 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos (56%), representando apenas 41% (21,7 MMt) do total de exportações esperadas para o ciclo 22/23, com o atraso ainda persistente.
Os atrasos nas exportações de milho americano podem ser explicados tanto pelos problemas logísticos registrados em 2022, com baixos níveis de água do Rio Mississipi, como na procura por novos vendedores de milho pelos grandes importadores. Como exemplo, a China, maior importador individual do cereal – com 18 milhões de toneladas esperadas para 22/23, abriu recentemente a possibilidade de exportação de milho brasileiro, diversificando a pauta de origens do cereal.
Além de preços menos competitivos do milho americano frente ao brasileiro nos últimos meses, a China vem buscando novos vendedores do cereal devido às fragilidades da relação com os Estados Unidos e os recentes conflitos entre Rússia e Ucrânia, que diminuíram a produção agrícola nestes países.
Expectativas para retomada das exportações de milho norte-americano, apesar de atraso nos últimos resultados.
De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 08/dezembro/2022, as exportações comprometidas de milho norte-americana mantiveram-se bem abaixo do histórico.
O número apresentação apenas 38%, ou 20 MMt, da projeção total de embarques estimados no último relatório de oferta e demanda, um crescimento de apenas 2 p.p. em relação à semana anterior. Na média dos últimos cinco anos, o percentual de exportações comprometidas foi de 52%, confirmando o atraso significante da trajetória de exportações nessa temporada.
Parte dos atrasos nas exportações pode ser explicada pela baixa competitividade do cereal norte-americano frente à outras origens. Na média do período entre setembro/22 a novembro/22, os preços de milho no porto de Paranaguá foram 4% menores que no porto de Louisiana. Esse movimento é reflexo da safra de inverno cheia em 2022 e dos problemas logísticos para escoamento de grãos pelo rio Mississipi.
Apesar da vantagem para o produto nacional, a diferença de preços tende a se inverter nos próximos meses, devido à menor disponibilidade do milho brasileiro – comum para o primeiro trimestre do ano. O cenário, se confirmado, deve potencializar a recuperação das exportações do cereal nos EUA.
Brasil pode estar contribuindo para a queda nos números de exportação de milho americano da safra 2022/23.
De acordo com o relatório de oferta e demanda (WASDE) do mês de dezembro publicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as projeções de exportações acumuladas de milho americano para safra 2022/23 caíram em quase 2 milhões de toneladas. Com isso, as exportações esperadas nos Estados Unidos para milho na safra 2022/23 é de 52,7 MMt, 16% menor que a safra anterior.
A diminuição nas exportações projetadas está diretamente ligada ao ritmo lento observado nas últimas semanas, com apenas 36% (19 MMt) do volume esperado em exportações comprometidas até o dia 01/dezembro/2022, enquanto a média dos últimos anos para o mesmo período é de 49%.
Outro fator determinante para a queda nas exportações comprometidas de milho nos Estados Unidos é o Brasil, que viu uma safra de milho inverno recorde e altas taxas de exportações no segundo semestre/2022. Frente às situações menos favoráveis de clima na safra americana este ano, o milho brasileiro tem tido e ainda tem maior competitividade em relação à oferta norte-americana. Além disso, a China iniciou o processo de importação do milho brasileiro já neste fim de ano, competindo espaços ocupados pelo produto de origem estadunidense e ucraniano.
Meta de exportação abaixo da média reforça o atraso das exportações comprometidas de milho americano.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os números de vendas comprometidas de milho americano estão bem abaixo este ano, enquanto o rio Mississipi se mantém em níveis baixos de água após um curto fôlego com a chegada da tempestade tropical Nicole.
Até 17/novembro/2022, os compromissos de exportação somavam apenas 29% (15,9 MMt) da meta de exportações para safra 2022/23, 15 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos (44%) e 24 p.p. abaixo do número visto em 2021/22, que nesta altura do ano já tinha 32,9 MMt em exportações comprometidas.
A previsão de embarques totais do milho americano da safra 2022/23 está em 58,4 MMt, sendo 13% menor que o número visto na safra passada, segundo o USDA. O cenário reforça as dificuldades de escoamento da produção norte-americana, seja por problemas de produtividade ou logísticos ou pela maior competitividade da oferta brasileira no segundo semestre de 2022.
Para as próxima semanas, se espera níveis ainda baixos de água para os rios naquele país, o que coloca o atraso atual na exportação do cereal uma discussão ainda mais forte nos mercados internacionais.
Possível paralisação nas ferrovias preocupam os agricultores americanos por conta do baixo escoamento.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 21/novembro/2022, foi relatado que 96% dos campos de milho americanos já foram colhidos, estando 6 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 2 p.p. acima dos números vistos em 2021.
Dados recentes da Gro Intelligence relataram divergências em relação ao último número divulgado pelo USDA em relação à produtividade de milho americano na safra 2022/23, no qual, as estimativas ficaram em 10,65 t/ha contra os 10,8 t/ha vistos no relatório de oferta e demanda, uma queda percentual de 1,5 pontos.
Com números de exportações comprometidas (embarque + compromisso de exportação) ainda 38% abaixo da média dos últimos cinco anos, rumores de uma possível greve nas ferrovias americanas começam a preocupar o mercado.
A Associação Nacional de Grãos (NGFA) aponta os desafios já enfrentados com baixos níveis de águas no rio Mississipi, sendo uma possível paralisação das rodovias em território estadunidense um problema relevante nas cadeias de suprimento de grãos, podendo atrasar ainda mais as exportações de milho.
asar ainda mais as exportações de milho.
O papel do Boro (B) no milho.
Já se deparou com planta de milho com superbrotamento, baixa estatura e/ou má formação de grãos?
Saiba que os sintomas podem ser indicativos de deficiência de boro. Conheça os sinais, condições favorecem a deficiência e quais são as boas práticas para evitar.
O que o Boro promove no milho?
- Formação de grãos;
- Fecundação de flores.
O que a falta de B causa no milho?
- Espigas de milho tortas e curtas;
- Manchas amarelas ou brancas nas nervuras;
- Morte nos ponteiros.
Quais as condições de promovem esta deficiência?
- Solos alcalinos;
- Altos níveis de nitrogênio;
- Altos níveis de cálcio;
- Solos arenosos.
Como evitar sintomas da deficiência de boro no milho
De maneira geral, solos bem corrigidos, com bons teores de matéria orgânica e com alta capacidade de retenção de água e nutrientes e bem equilibrados, proporcionam melhor disponibilidade de boro.
Qual a melhor maneira de aplicar boro no milho?
O que determinará a melhor maneira é a realização periódica de análise de solo e foliar.
Exportação de milho americano continua lenta apesar de ritmo rápido de colheita.
No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 14/novembro/2022, foi relatado que 93% dos campos de milho americanos já foram colhidos, estando 8 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 3 p.p. acima dos números vistos em 2021.
No último relatório de oferta e demanda (WASDE) do USDA, foi feito um ajuste no valor da produtividade das lavouras de milho em mais 0,02 t/ha (10,80 t/há), aumentando a estimativa de produção de milho final na safra 2022/23 em 889 mil toneladas.
Com colheita rápida e expectativas de maior produção de milho nos Estados Unidos, os números de exportações comprometidas (embarque + compromisso de exportação) começam a preocupar, estando 54% abaixo do número visto em 2021, sendo o segundo menor número dos últimos cinco anos, ficando atrás somente de 2019.
O número de exportações comprometidas atuais estão quase 10 milhões de toneladas abaixo da média dos últimos cinco anos, reforçando os problemas de escoamento de grãos para exportação nos Estados Unidos devido à problemas logísticos com os cursos hídricos do país e menor produção nesta safra.
Começa a COP27!
A 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27) começa com grandes desafios.
A 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP27), acontece entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito.
Alguns avanços importantes marcaram sua versão anterior, em Glasgow na Escócia, com a definição de diretrizes basilares para a regulação do mercado global de carbono. Questões como o aporte financeiro de países desenvolvidos para conter os riscos climáticos, novas metas de redução de emissões e melhor detalhamento de projetos e metodologias que serão aceitos, estão na lista de expectativas para a nova conferência.
Contudo, o cenário geopolítico mundial, marcado pela Guerra na Ucrânia, recessão econômica pós-covid-19, crise energética e de abastecimento, será um grande desafio na definição de metas mais ambiciosas para agenda climática neste ano. O Brasil será representado pelo Ministério de Meio Ambiente e, ainda, contará com a presença do presidente eleito na última eleição.
Exportações de milho nos Estados Unidos estão atrasadas devido a problemas logísticos na região.
No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 31/outubro/2022, foi relatado o fim do processo de maturação, faltando apenas a finalização da colheita para acabar os trabalhos no campo de milho americano da safra 2022/23.
O clima quente e seco nos campos americanos tem favorecido novamente o processo de colheita que avançou 15 pontos percentuais semana passada (76% concluído), 12 p.p. acima da média dos últimos cinco anos e 3 p.p. acima do ano passado. O estado de Iowa está com ritmo 19 p.p. acima da média dos últimos cinco anos, reforçando o ritmo bem acelerado nos trabalhos de campo das últimas semanas.
Apesar da colheita rápida, os números de exportações comprometidas (embarque + compromisso de exportação) de milho americano registraram queda de 52,7% em relação ao mesmo período em 2021, demonstrando reflexos de uma safra pior e problemas logísticos nas rotas fluviais americanas. O valor de exportações comprometidas até dia 20/outubro/2022 foi de 14 milhões de toneladas de milho.
O Rio Mississipi, principal canal de escoamento da produção de milho dos Estados Unidos, continua com níveis muito baixos, impedindo a circulação de mercadorias para os portos no Golfo do México e retorno de fertilizantes para as áreas agrícolas no 2º semestre. O cenário provavelmente estenderá a janela de exportações dos Estados Unidos para o primeiro trimestre de 2023, abrindo caminho para o aumento das exportações de grãos da América do Sul enquanto os problemas logísticos permanecerem.