Condições das Lavouras de Milho Verão
Safra atual vem sendo marcada por adversidades meteorológicas.
Esta safra tem sido marcada pelas adversidades meteorológicas. No Sul, a falta de chuva e as altas temperaturas causaram perdas expressivas de produtividade do milho. Já na região mais central do país, o excesso de chuvas tem atrasado o calendário de aplicações de defensivos, favorecendo a ocorrência de doenças.
Estimativa de produtividade e condições de lavoura | sc/ha
Fonte: Céleres | Elaboração: GETAP | janeiro/2022
Como já se esperava, a região Sul foi muito prejudicada pelas condições climáticas, tendo uma redução média de 60 sc/ha quando comparada à primeira estimativa para a região, onde o cenário era mais otimista, tendo em vista a boa distribuição de chuvas e a rapidez no plantio.
Produção de safra de milho verão no Brasil
Problemas de produção nos estados do Sul limitam oferta de milho no primeiro semestre/2022.
Como na soja, o La Niña trouxe efeitos também para a cultura do milho no Brasil. A baixa umidade em lavouras no Sul do Brasil tem acentuado perdas de potencial produtivo e colocado as estimativas de produção cada vez mais baixas para a safra verão. A projeção de produção na primeira safra já recuou 5,3 milhões de toneladas em relação aos primeiros acompanhamentos, atingindo 22,7 milhões de toneladas em 2021/22. As estimativas para safra inverno e terceira safra, contudo, ainda estão mantidas.
Após a quebra de safra intensa observada em 2020/21, a produção total da safra brasileira de milho está estimada em 116,4 milhões de toneladas, 35% maior que na safra anterior. Nesse sentido, apesar do aumento da área plantada no verão, as estimativas para a safra atual mostram variação negativa no montante produzido na maior parte da região Sul, sobretudo no Rio Grande do Sul e Paraná.
Fonte: Céleres®. Elaboração: Céleres®. Atualizado em janeiro/2022.
Impacto efetivo do La Niña na produtividade de milho verão em 21/22
Fenômeno climático frustra resultados e causa perda de 2 milhões de toneladas na safra verão 21/22.
A estiagem, comum em anos de La Niña, já impacta negativamente as estimativas de produtividade de milho verão na região Sul. O padrão histórico de rendimento agrícola diante de eventos climáticos de 30 anos mostra que, dos 16 anos de La Niña, 13 safras tiveram produtividade negativas, com destaque para a safra 04/05 em que a quebra consolidada no Sul foi de 30%.
No levantamento mais recente do ciclo 21/22, a frustração produtiva deve ser na casa de 20%, acumulando perda, até o momento, de 2 milhões de toneladas ante ao previsto até novembro/2021, com relevância para problemas de desenvolvimento das lavouras no RS. Deve-se lembrar que os produtores de RS já vêm de anos de problemas climáticos para a cultura, reforçando o balanço de risco produtivo numa região de referência para consumo do cereal.
Além da diminuição na renda do produtor, este cenário já deve ser encarado pelos consumidores do mercado interno dentro do planejamento mais apertado de suprimento do cereal até a entrada da 2ª a safra no país, em junho/2022.
Fonte: Céleres®. Elaboração: Céleres®. Atualizado em janeiro/2022.
La Niña indica riscos à produtividade no Sul
Redução de chuvas e clima seco requerem atenção do produtor.
De acordo com fontes meteorológicas, é prevista a ocorrência de um La Niña – fenômeno decorrente do resfriamento das águas do Oceano Pacífico – de intensidade fraca para a safra verão 2021/2022. Os principais efeitos desse fenômeno são a redução de chuvas, temperaturas elevadas e clima seco nas regiões Sul e Sudeste do país.
Historicamente, em anos de ocorrência de La Niña, há riscos de perda de produtividade nas lavouras. Para final de 2021, mesmo que a expectativa seja de um evento ameno, há riscos para alcance do potencial produtivo. Nos últimos 30 anos, 5 safras tiveram padrão parecido com o esperado para o final desse ano em termos de El Niño/ La Niña, e a média da produtividade ficou 12% abaixo do potencial na região Sul.
Dessa forma, a formação desse fenômeno requer atenção e monitoramento dos produtores de milho no verão, já que tal evento climático pode diminuir o potencial de chuvas e, consequentemente, impactar negativamente o desenvolvimento da cultura.
Fonte: Céleres®. Elaboração: Céleres®. Atualizado em setembro/2021. *Período de referência: dezembro, janeiro e fevereiro.
Escassez de chuvas reduz potencial produtivo da safra de inverno em 2020/21
Queda na produção total é esperada para o próximo ciclo.
Em seu último levantamento de safra, a Céleres® apurou que a escassez de chuvas e a baixa umidade do solo no Centro-Sul do Brasil reduziram o potencial produtivo da região, levando a uma revisão para baixo na estimativa da produção brasileira de milho no ciclo 2020/21. Agora é esperada uma produção total de 88,8 milhões, ante 111,5 milhões de toneladas das estimativas iniciais. A Céleres® segue monitorando os efeitos das geadas sobre as lavouras de segunda safra no Centro-Sul do país.