Ferramenta colaborou para a redução da emissão de gases, do desperdício de recursos e muito mais.
Há mais de 20 anos, o primeiro milho geneticamente modificado (GM) foi comercializado no mundo. Tratava-se de um evento resistente ao herbicida de amplo espectro, glufosinato de amônio. No Brasil, em 2007, a primeira cultivar GM aprovada para comercialização após a publicação da Lei de Biossegurança, marco regulatório sobre o tema no país, foi o milho Liberty Link (resistente ao herbicida glufosinato de amônio). Hoje, as lavouras de milho GM representam mais de 90% da área plantada com milho no Brasil – dos 20 milhões de hectares de milho plantados na Safra 2020/21, 18 milhões de hectares são de milho GM.
Em paralelo ao incremento de área plantada com GM e ao surgimento de novas tecnologias no campo, observou-se também uma evolução no ordenamento jurídico, tanto no campo da biotecnologia quanto do meio ambiente, garantindo por lei uma segurança ambiental na implantação de atividades que envolvam biotecnologia. Isto porque o produtor que pretende trabalhar com OGM deve atender a uma série de ritos e requisitos técnicos, incluindo protocolos internacionais como o Protocolo de Cartagena, que buscam assegurar o equilíbrio e a qualidade do ambiente em que o GM será introduzido.
Para além dos padrões legais exigidos, a consolidação da biotecnologia refletiu em diversos benefícios sociais, ambientais e econômicos ao produtor, dando um caráter sustentável à adoção de milho GM. De acordo com dados da Céleres®, nos últimos 10 anos o uso da biotecnologia na cultura do milho proporcionou uma queda significativa do consumo de água e de combustível, além das emissões de CO 2, com a redução da aplicação de defensivos e do número de entradas com máquinas na lavoura. Além disso, o pacote tecnológico empregado também se tornou menos tóxico.
A biotecnologia nas lavouras de milho monitoradas pela Céleres ® colaborou ainda para o aumento do teto produtivo, redução dos custos com inseticidas e herbicidas, aumento do faturamento, da rentabilidade operacional e do retorno médio sobre o investimento. Consequentemente, a melhora na rentabilidade e na produtividade arrefeceu a marcha de conversão ou abertura de novas áreas para a agricultura. Com novos desafios surgindo, como a redução da pegada de carbono do milho, a manutenção da biodiversidade e a garantia da segurança alimentar, a biotecnologia deve manter seu papel fundamental na proposição de soluções.