Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de milho referentes as 3 primeiras semanas do mês de junho/23 registraram 632 mil toneladas, com um valor diário médio (dias úteis) de 39,5 milhões de toneladas. Em relação a junho/22, a quantidade média ficou 16,2% menor, mostrando ainda um clima de exportações tímidas e pouco milho para ser escoado, que pode ser reflexo da comercialização e colheita mais lentas.
Segundo dados da Céleres®, a comercialização de milho inverno no início da última semana de junho/23 estava 5,7 p.p. abaixo do valor visto neste mesmo período da safra passada. Valores ainda pequenos para o início de janela de exportações de milho brasileiro.
A colheita da safra 2022/23 de milho inverno também se mostrou atrasada, com apenas 9% concluídos, frente aos 17% da safra anterior. Apesar do atraso, as condições climáticas favoráveis em quase todo território ao longo do ciclo produtivo contribuem para que as expectativas sejam de uma safra recorde de milho inverno.
Para o 2º semestre/23, é provável que os números de exportação de milho despontem nos próximos 30 a 60 dias, com avanço das colheitas e diante do cenário de preços competitivos para o cereal brasileiro.
Análise por:
Rafael Domingues Gutierrez, analista de mercado da Céleres e
Enilson Nogueira, consultor de mercado da Céleres