O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, no dia 02/março/2023, que as exportações comprometidas de milho americano atingiram o patamar de 65% (30,6 MMt) das exportações esperadas para o ciclo 2022/23. Vale ressaltar que as exportações totais da temporada sofreram uma redução de 1,9 MMt no último relatório de oferta e demanda (WASDE), condizente com baixo desempenho do país desde o ano passado.
Embora exista uma diferença de 11 pontos percentuais em relação à média dos últimos anos (76%), o número é menos discrepante que em semanas anteriores. No entanto, a menor diferença percentual tem mais relação com a queda na expectativa de exportações do que a a evolução de embarques.
Entre os dias 23/fevereiro e 02/março foram registradas 1,1 MMt de milho embarcados para exportação, número significativamente maior do que nas últimas semanas de exportação do cereal norte-americano. Valor está apenas 13% menor que a média dos últimos cinco anos para a primeira semana de março.
No entanto, a janela de exportações para o milho americano está cada vez mais apertada, como demonstrado pelas reduções consecutivas nas exportações esperadas pelo USDA, o que pode reforçar movimentos baixistas para os preços globais de milho no curto prazo.
Análise por:
Rafael Domingues Gutierrez, analista de mercado da Céleres e
Enilson Nogueira, consultor de mercado da Céleres