De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do dia 08/dezembro/2022, as exportações comprometidas de milho norte-americana mantiveram-se bem abaixo do histórico.
O número apresentação apenas 38%, ou 20 MMt, da projeção total de embarques estimados no último relatório de oferta e demanda, um crescimento de apenas 2 p.p. em relação à semana anterior. Na média dos últimos cinco anos, o percentual de exportações comprometidas foi de 52%, confirmando o atraso significante da trajetória de exportações nessa temporada.
Parte dos atrasos nas exportações pode ser explicada pela baixa competitividade do cereal norte-americano frente à outras origens. Na média do período entre setembro/22 a novembro/22, os preços de milho no porto de Paranaguá foram 4% menores que no porto de Louisiana. Esse movimento é reflexo da safra de inverno cheia em 2022 e dos problemas logísticos para escoamento de grãos pelo rio Mississipi.
Apesar da vantagem para o produto nacional, a diferença de preços tende a se inverter nos próximos meses, devido à menor disponibilidade do milho brasileiro – comum para o primeiro trimestre do ano. O cenário, se confirmado, deve potencializar a recuperação das exportações do cereal nos EUA.