USDA confirma conservadorismo no relatório de agosto/22. Ajustes negativos de produtividade devem vir nas próximas publicações.
As perdas nos indicadores de qualidade nas lavouras americana têm alimentado as apostas de ajustes negativos nas produtividades nos EUA pelo USDA. A partir dos dados de produtividade de milho pelo USDA divulgados no WASDE (Estimativa Global de Oferta e Demanda na Agricultura) entre 2010-2022, buscou-se entender o comportamento do departamento em relação às mudanças na produtividade agrícola, comparando as estimativas no começo da safra, em agosto e os valores efetivos.
Dentre os 12 anos analisados, oito apresentaram mudança no mês de agosto coerente com as estimativas efetivas do final da colheita, ou seja, o relatório de agosto costuma acertar a direção de ajuste das produtividades na maior parte dos anos. Contudo, somente em uma temporada, a variação em agosto em relação ao relatório inicial foi maior do que 5%, reforçando o caráter conservador do relatório de agosto do USDA.
Nos dados divulgados na última sexta-feira (12/08), mostrou expectativas de produtividade em 11t/ha, queda de menos de 1% em relação à estimativa anterior. O número está próximo das expectativas do mercado para o relatório, contudo, acima do que os dados de condições de lavouras apontam para o rendimento nas lavouras.
Para o futuro, apesar de assertivo em relação a direção do ajuste, ainda pode se esperar novas alterações nos valores de produtividade, sobretudo a partir de setembro, no qual o USDA considerará as pesquisas de campo. Vale lembrar que as condições das lavouras nesse período são as piores desde 2019 e mantém-se perspectiva de manutenção de temperaturas acima do normal e chuvas abaixo do normal em parte do Corn belt.