Mercado prevê quebra de 30% a 50% da produção em relação a 21/22 e abre espaço para outros mercados exportadores
A Ucrânia é o 4ª maior produtor de milho no mundo e responsável por cerca de 14,2% das exportações mundiais, um importante agente no mercado externo. A invasão russa levou os preços internacionais do milho a patamares históricos, chamado a atenção de produtores e exportadores não só brasileiros, diante de uma possível inviabilidade de plantio e colheita ucraniana, devido à falta de mão de obra e suprimentos como fertilizantes e combustíveis.
Desse modo, o mercado prevê quebra na safra ucraniana na ordem de 30% a 50% da produção em relação à última safra, que alcançou 41,9 milhões de toneladas. Nos gráficos abaixo é possível observar os diferentes cenários de produção e exportação, se tal expectativa se cumprir.
O cenário mais cauteloso, de quebra de 30%, determina produção de 29,3 milhões de toneladas e exportação de 17,6 milhões. Já o cenário mais pessimista, com perda de metade da produção em relação a última safra, poderá exportar 12,6 milhões de toneladas. Esse espaço de 10 a 15 milhões de toneladas a menos exportadas, abre oportunidade de outros países como Estados Unidos, Brasil e Argentina garantirem esse mercado. Nesse contexto, o Brasil, que espera uma safra inverno bastante robusta, na casa dos 92,1 milhões de toneladas, surge como forte candidato a cobrir pelo menos parte dessa demanda.
Fonte: Céleres®
Elaboração: Céleres®
Atualizado em março/2022.