Quebras severas de produtividade no Sul limitam a produção nacional de verão em quase 27,2% da estimativa inicial.
O produtor, que aumentou a área plantada em função das boas margens esperadas para a safra 2021/22, teve suas expectativas frustradas na região Sul do Brasil, devido aos efeitos do La Niña e às perdas drásticas que o fenômeno causou na produção.
A estiagem que atingiu principalmente os estados do Paraná e Rio Grande do Sul provocou uma quebra de cerca de 27,2% da produção brasileira de milho 1ª safra, alcançando, de acordo com a estimativa Céleres®, 20,3 milhões de toneladas. A produção total brasileira 2021/22, que mantém as projeções para 2ª safra, deverá alcançar 114,1 milhões de toneladas, aumento de 32,2% em relação a safra anterior.
A curto prazo, a maior oferta de milho verão 2021/22 na região Sudeste e Centro-Oeste deverá atrair o interesse da demanda interna concentrada no Sul, mesmo que tais volumes não compensem a quebra de safra observada na 1ª safra. Ressalta-se que, dada a dependência da safra inverno para o abastecimento interno, há dificuldade de originação e sustentação de preços até a entrada dessa safra.
A Rússia, por sua vez, não possui tanta relevância na oferta mundial de milho, média de 1,2% e 2,7%, nos últimos 10 anos, da produção e exportação mundial, respectivamente, mas é o player mais relevante para o mercado brasileiro no que diz respeito a importação de fertilizantes nitrogenados, com participação na casa dos 20,7% .
Nesse contexto, é esperado uma maior volatidade sobre os preços e incerteza sobre o comércio e abastecimento internacional diante das possíveis sanções, além de insegurança a respeito dos desdobramentos no mercado de fertilizantes para 1ª e 2ª safra de milho em 2022/23.
Fonte: Céleres® .
Elaboração: Céleres®.
Atualizado em fevereiro/2022.