Cenário é otimista mesmo com riscos climáticos.
Após a colheita das safras do hemisfério Norte, em especial EUA e China, as atenções do mercado internacional se voltam para o potencial de oferta dos países sul-americanos, em especial Brasil, Argentina e Paraguai.
A melhora dos preços internacionais do cereal, junto à desvalorização das moedas destes países durante 2020 e 2021, melhoraram as perspectivas de preços percebidos pelos produtores, puxando o crescimento de área plantada na região. A área estimada para região em 2021/22 deve saltar quase 3 MM hectares em relação à safra anterior, alcançando 30 MM de hectares. Por outro lado, a elevação dos custos de produção, em especial de fertilizantes, e os problemas climáticos potenciais observados em anos de La Nina, devem diminuir o crescimento de oferta na região. Ainda assim, as estimativas atuais do cenário-base apontam para a oferta de 180 MM toneladas em 2021/22, crescimento de 30% em relação à safra passada. No total, a produção da região deve alcançar 15% da oferta mundial ante os 10% em 2010/11.
Ressalta-se que um cenário mais acentuado de quebra produtiva das safras de milho verão nas regiões produtoras da América do Sul pode gerar novas oportunidades de exportação para a produção brasileira de milho inverno no segundo semestre, desde que a safra de inverno no país alcance seu potencial no decorrer de 2022.
Balanço de oferta e demanda de milho em 2021/22 na América do Sul (Argentina, Brasil e Paraguai)
Fonte: Céleres® e USDA Elaboração: Céleres®. Atualizado em janeiro/2022.