Avanço de demanda por etanol de milho e rações no Brasil reforça desafios por maior produtividade.
Como já demonstrado em outros artigos, a quebra da última safra trouxe alguns problemas na oferta de milho no Brasil. Enquanto isso, a demanda não sofreu alterações na mesma proporção, refletindo diretamente numa considerável diminuição de estoques do cereal.
Em 2020/21, a demanda brasileira por milho ficará em torno de 71,4 milhões de toneladas. A expectativa é que, nos próximos 5 anos, esse número alcance 86,6 milhões, considerando o crescimento previsto para os setores de etanol de milho e de rações, que demandam, juntos, cerca de 57% da produção total brasileira – média dos últimos 5 anos. A previsão é que estes setores consumam 16,3 e 59,0 milhões de toneladas, respectivamente, em 2025/26, que, se somados, representam um crescimento de mais de ¼ da demanda atual.
O cenário positivo de crescimento da demanda interna reforça ainda mais a necessidade de crescimento da produtividade de milho no país. A dinâmica de consumo de milho eleva os desafios para os consumidores no mercado interno, em termos de estratégias de originação e relacionamento com produtor, de alternativas logísticas e de infraestrutura, dentre outras questões estratégicas para originação do cereal.
Fonte: Céleres®. Elaboração: Céleres®. Atualizado em outubro/2021. * ASI: uso para alimentação, sementes e industrial. Outros usos consideram sementes, perdas, dentre outros grupos.